Ser pai ou mãe é uma experiência significativa e gratificante — mas também exigente e desafiante. A investigação mais recente confirma que, tal como no contexto laboral, o exercício prolongado da parentalidade sob níveis elevados de stress e com recursos limitados pode conduzir a burnout parental.
Este fenómeno traduz-se em exaustão emocional, distanciamento afetivo em relação aos filhos e uma sensação de saturação no papel parental. A crescente pressão social para corresponder a ideais de parentalidade intensiva, combinada com um apoio ainda insuficiente às famílias, tem contribuído para o aumento deste risco.


Em Portugal, estes desafios refletem-se em tendências demográficas marcantes: adia-se a decisão de ter filhos, nascem menos crianças e crescem os lares sem filhos. Compreender e prevenir o burnout parental é, por isso, essencial — não só para o bem-estar das crianças, mas também para a saúde mental e a qualidade de vida dos próprios pais.
Este projeto coloca o bem-estar parental no centro da reflexão científica e da intervenção social.